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ORDENS DINÁSTICAS
da Casa Principesca de Trivulzio-Galli
della Mesolcina
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Ordem da Redenção
Suprema, Insigne e Fidelíssima Ordem Militar de Sua Alteza o Príncipe: de São Miguel Arcanjo e do Preciosíssimo Sangue
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A Suprema, Insigne e Fidelíssima Ordem Militar de Sua Alteza o Príncipe: de São Miguel Arcanjo e do Preciosíssimo Sangue, também, chamada de Ordem de São Miguel e do Redentor (ou de São Miguel e da Redenção), é a mais importante Ordem de Cavalaria Dinástica da Casa Principesca de Trivulzio-Galli della Mesolcina.
 
Sua fundação é datada do ano de 1481 e foi instituída para comemorar a tomada do Condado de Mesolcina que estava nas mãos dos Condes von Sax-Misox. 
 
A Ordem foi Fundada por Gian Giacomo II Trivulzio chamado de "O Grande Trivulzio" - que era Marquês de Vigevano e Duque de Venosa - marechal do exército do Rei da França e tornou-se o Conde Soberano de Mesolcina no Sacro Império, e 1º Príncipe de Mesolcina no Reino da França. Gian Giacomo II era Cavaleiro da Real Ordem de São Miguel desde 1470, Ordem de Cavalaria pertencente ao Reino da França, fundada em 1469 pelo Rei Luís XI.
 
A inspiração da criação da Ordem Trivulziana de Sua Alteza o Príncipe e de São Miguel Arcanjo foi a Real Ordem de São Miguel (francesa). A Ordem Trivulziana de São Miguel Arcanjo tem como único grau o posto de Cavaleiro-do-Colar. 
 
Foram feitos 21 Colares, um para Gian Giacomo II e mais um para cada um dos seus vinte generais, que compunham assim os primeiros Cavaleiros da Ordem. Mais tarde, ao ver-se que os laços carmim que seguravam unidas as conchas, deterioram-se facilmente com o tempo, foram substituídos por outros, de ouro, que mantinham as mesmas características das fitas. Assim criou-se uma diferença entre o Colar da Ordem Trivulziana, daquela outra Francesa, pois se na francesa entre as conchas haviam peças que lembravam pequenas molas, na Trivulziana haviam então nós entre as conchas.
 

Gian Niccolò Trivulzio, Conde de Mesocco (filho de Gian Giacomo II), com o Colar da Ordem de São Miguel

Gian Giacomo II Trivulzio, Il Magno Trivulzio, Fundador da Ordem de São Miguel, com o Colar da Ordem ao pescoço

A Suprema e Insigne Ordem Trivulziana de Sua Alteza o Príncipe e de São Miguel Arcanjo é internamente organizada da seguinte forma:
I) Cavaleiros Numerários;​
II) Cavaleiros Hereditários também chamados de Cavaleiros Principescos;
III) Cavaleiros Extra-Numerários. 
 
Os Cavaleiros Numerários são aqueles possuidores dos Colares Numerado e são em número de 20. 
Um caso particular ocorre na Ordem de Sua Alteza o Príncipe: os varões legítimos do Chefe da Casa Principesca, ou seja, o Príncipe Titular de Val Mesolcina, assim como os varões legítimos do Príncipe de Mesocco, são contados como 'Cavaleiros Hereditários' também chamados de 'Cavaleiros Principescos'. Desta forma, não há número limite para os Cavaleiros Principescos.
Os Cavaleiros Extra-Numerários são aqueles membros de Casas Reais, Principescas e membros da Nobreza Mediatizada, que foram admitidos na Ordem, todavia não receberam um Colar Numerado. Não há numero limite para os Cavaleiros Extra-Numerários.
           Em 1708 com a extinção dos Gonzaga di Nevers, Duques de Mantova, a Casa Principesca de Mesolcina recebeu o Grão-Magistério das Ordens Dinásticas da Casa de Gonzaga, como herdeira dos Direitos dos Gonzaga di Castel Goffredo. Assim a Ordem Militar do Preciosíssimo Sangue foi unida a Ordem de São Miguel Arcanjo por determinação do Príncipe Don Antonio VIII, 5º Príncipe de Mesolcina, formando-se assim uma só Ordem.
           A Ordem apenas pode ter, no máximo, 20 Cavaleiros, e por ela já passaram os membros das mais prestigiosas Casas da Realeza e da Nobreza Europeia. Há um único posto na Ordem, que é o de Cavaleiro, assim como acontece com a Ordem do Tosão de Ouro, a Ordem da Jarreteira ou a Ordem da Santissima Annunziata, a Ordem do Elefante ou a Ordem do Serafim, por exemplo. 
       Apenas pode ser concedida a Católicos, e sua concessão é ligada à Nobreza, vez que, os Cavaleiros dessa Insigne Ordem, gozam do tratamento de Primos de Sua Alteza o Príncipe de Mesolcina, sendo, por este motivo chamados de Cavaleiros de Sua Alteza o Príncipe
Ordem das Damas Nobres
Ordem das Damas Nobres de
Nossa Senhora Auxiliadora
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A Ordem das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora é, antes de mais nada, uma grande declaração de amor, de um Príncipe para sua noiva. No caso, o Príncipe era Domenico II Trivulzio-Galli, 6º Príncipe de Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico, e a noiva era a Marquesa Maria Gabriella Scarampi que fora filha do Marquês de Prunetto e Levice, Chefe da Casa de Scarampi di Camino.
Domenico II sucedeu, como Chefe da Casa, ao Príncipe Antonio VIII, cognominado O Santo, que foi, sem dúvida, um dos maiores e mais caridosos Príncipes de Mesolcina, todavia, deixou a situação econômica da Casa Principesca em total dificuldade, causadas pelas grandes doações feitas em prol de obras caritativas, como, por exemplo, as da construção do Pio Albergo Trivulzio, hospital, orfanato e asilo, que deveria cuidar dos mais pobres de Milão.
Essas grandes obras caritativas, realizadas pelo 5º Príncipe, foram de grande importância, uma vez que gravaram, para sempre, o nome da Casa de Trivulzio-Galli entre as mais iluminadas Casas da Nobreza Europeia, todavia, foram as responsáveis pelas grandes dificuldades financeiras com que Domenico II teve que iniciar seu Reinado. 

Maria Gabriella Scarampi, I Grã-Mestra da Ordem das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora

Cruz da Ordem das Damas Nobres de Nossa Senhora Auxiliadora

Domenico II recorreu assim à Nossa Senhora Auxiliadora, lhe prometendo que, se esta salvasse a Casa de Mesolcina da ruína, ele criaria uma Ordem de Cavalaria em Sua homenagem, o que poderia fazer como Príncipe do Sacro Império Romano-Germânico. 
 
Poucas semanas depois surgiu de Turim uma interessante proposta de casamento, com a filha do Marquês de Scarampi, um dos homens mais ricos da Itália. A proposta foi aceita, e com o dote oferecido pelo pai da noiva, o Príncipe de Mesolcina pode fazer com que os investimentos da Casa de Mesolcina tornassem-se outra vez rentáveis.
Para agradecer à Nossa Senhora Auxiliadora, Domenico II criou uma Ordem exclusiva para Damas, e concedeu o Grão-Magistério para sua esposa. Criou-se assim a tradição de que todas as Princesas Consortes de Mesolcina tornassem-se Grã-Mestras da Ordem, e a administrassem plenamente. 
A Ordem das Damas Nobres aceita apenas Damas advindas da Nobreza. Seu Grão-Magistério cabe sempre a Princesa Consorte de Mesolcina, ou seja, a esposa do Chefe da Casa de Trivulzio-Galli.
A Ordem possui 4 gaus:
 - Damas Nobres do Grão-Colar;
 - Damas Nobres de Grã-Cruz;
 - Damas Nobres Grande-Oficiais;
 - Damas Nobres.
 
As particularidades são próprias. As Damas do Grão-Colar não poderão exceder 21. Dois colares são reservados, um para a Grã-Mestra e outro para a Princesa Consorte de Mesocco. O número de Damas de Grã-Cruz não poderá ser superior a 50. As Damas Grande-Oficiais chegam ao número completo de 70. Não há número máximo de Damas. 
Para as damas que, não provindo da Aristocracia, mas, tenham relevante valor social e moral a Grã-Mestra – julgando por bem – poderá conceder ainda três outras categorias:
 
 - Damas Honorárias de Grã-Cruz;
 - Damas Honorárias Grande-Oficiais;
 - Damas Honorárias.
 
As três categorias honorárias respeitam a mesma quantia de membros das Categorias das Damas Nobres.
Apesar de ser uma Ordem que apenas aceita Damas Católicas, ocorreram alguns casos de Princesas Cristãs não Católicas terem sido aceitas na Ordem, como Damas Nobres de Classe Honorária. A última delas foi a Princesa Catarina Ivanovna Romanova, Princesa da Rússia (1915-2007), que viveu boa parte da sua vida no Uruguai, onde faleceu. A referida Princesa era Ortodoxa. 
 
Um outro caso de uma Princesa de fé não Católica recebida como Dama da Ordem foi a da Rainha Juliana Maria de Brunsvique-Volfembutel, Rainha Consorte da Dinamarca, que recebeu o Grão-Colar da Ordem em 1775.
No Brasil temos a honra de termos Damas que pertencem a esta nobilíssima Ordem Dinástica Feminina.
Sacra Milícia
Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Religiosa-Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa
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A Sacra Ordem Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa, também chamada de Ordem Militar de Santa Maria, Ordo Frati Gaudenti, ou simplesmente "Sacra Milícia", é a principal Ordem Dinástica da Casa Principesca de Mesolcina, bem como, a que possui um maior número de membros. 
Em seu quadro apenas podem ser aceitos Católicos que estejam em condição canônica de receberem a Sagrada Comunhão.
A Ordem foi fundada no contexto da luta Cristã contra os hereges cátaros. Em 1209 o Conde Simão IV de Montfort, Conde de Montfort-Amaury, Conde de Leicester, Visconde de Albi, de Béziers e de Carcassone, Conde de Toulouse, invocou a criação de uma Ordem de Cavalaria para lutar na Cruzada contra estes hereges, em uma dura guerra que ficou conhecida como A Cruzada Albigenese. A Ordem foi chamada de Milícia de Jesus Cristo, pois invocava que a Cruzada contra os cátaros era o trabalho do próprio Cristo.
 
Foram os 10 Cavaleiros Fundadores da Milícia:
 
1º Simão IV de Montfort-Amaury, Conde de Montfort-Amaury, 1º Grão-Mestre da Ordem;
2º Conde Guido de Monfort, irmão do Conde Simone IV, Arquichanceler da Ordem;
3° Aimerico di Castel Novo;
4° Arnaldo di Castel Novo;
5º Pietro di San Romano;
6° Arnaldo Bernardi, deito Endura;
7° Guido de Levis;
8° Lamberto Turin;
9° Pietro de Voifin.
10° Ottone di Niord.

Simon IV de Montfort, fundador e 1º Grão-Mestre da Ordem

A atuação da Milícia de Jesus Cristo na Cruzada contra os Cátaros foi marcante, de forma que o Grão-Mestre da Ordem foi quem liderou a coalizão Católica contra os hereges, sendo que para isso obteve o apoio do Rei da França, lutando contra o Rei de Aragão, do Chefe da Casa de Trencavel, do Conde de Foix, do Conde de Comminges e do Visconde de Béarn.
 
Os Cavaleiros da Milícia de Jesus Cristo tomaram especial papel junto ao Cerco de Avinhão, onde morreu o Rei Luís VIII da França, lutando ao lado dos Cavaleiros da Milícia. Como era o esperado, a vitória contra os hereges ocorreu, e a Milícia de Jesus Cristo pode honrar-se com sua primeira vitória. Neste período entraram na Ordem o Conde Almerigo de Montfort; Conde Guido de Montfort, filho do Conde Simão IV. Simão V, Conde de Montfort, Filho do Conde Simão IV.
 
O Conde Simão IV de Montfort levou a Milícia de Jesus Cristo para as Santas Cruzadas no Oriente. Em 1213, derrota o exército do rei Pedro II de Aragão, que é morto na batalha de Muret.
Com o fim da heresia cátara, os Cavaleiros da Ordem migraram gradativamente para à Itália, onde a Santa Sé lhes incumbiu de novas missões. Após a morte do Conde Pietro Savarico, é Eleito em 1233 como novo IV Grão-Mestre da Ordem o Bispo da cidade de Vicenza, o Bem-Aventurado Bartolomeo de Breganze, (nascido e 1200, falecido em 1270), que foi um Monge Dominicano elevado a Bispo de Vicenza. Como foi o Bem-Aventurado o primeiro a conseguir o Reconhecimento Pontifício da Milícia de Jesus Cristo em 1235, este é considerado o “Refundador” da mesma.
 
Bartolomeu de Vicenza teve desde cedo contato com os Templários, sendo que em 1233 resolve reformar com a ajuda dos mesmos, a Milícia de Jesus Cristo com o objetivo de por fim às desordens causadas na Itália pelas lutas fratricidas entre guelfos e gibelinos além da defesa da Fé e do Papado.

Cardeal Tolomeo I Galli, 1º Duque de Alvito, e primeiro Grão-Mestre Hereditário da Sacra Milícia.

No ano de 1560 o Cardeal Tolomeo I Galli adquiriu a Soberania do Condado Principesco Del Trè Pievi, e, como Cardeal Secretário de Estado da Santa Sé, decidiu pleitear junto a seu Padrinho, o Papa Pio IV, a concessão de uma Ordem de Cavalaria, algo que estava se tornando comum entre as famílias principescas da Itália naquela época, como na Casa de Savoia, que pleiteou, e ganhou para si a Ordem de São Lázaro (em 1572), ou a Casa de'Medici, que recebeu a Ordem de Santo Stefano Papa e Mártir. 
Assim, por meio do Breve Papal Volens Divanae Misericordia, o Papa Pio IV entregou a Administração Perpétua da Ordem, com o título de Grão-Magistério, ao Cardeal Tolomeo I Galli, Duque de Alvito, e a seus sucessores a título Hereditário.  
Em 1595 o Cardeal Tolomeo I adquiriu o Ducado de Alvito, e levou para lá o Grão-Magistério da Ordem, que passou a ser usada para premiar os súditos do Cardeal de Galli.
Com a morte de Tolomeo I em 1605, seu sobrinho, Tolomeo II Galli, tornou-se II Duque de Alvito, e assumiu o Grão-Magistério da Ordem.

Tolomeo II Galli, 2º Duque de Alvito, 2º Grão-Mestre Hereditário da Sacra Milícia.

Após a morte do Cardeal-Duque Tolomeo I de Galli-Alvito, em 1607, a Chefia da Casa Principesca e Ducal passou a seu sobrinho o Príncipe Tolomeo II, que desta forma passou a ser o 2º Grão-Mestre Hereditário da Ordem, e o 30º da Cronologia Magistral, desde a Fundação da Ordem em 1209. 
 
A escolha de Tolomeo II como sucessor foi feita pelo próprio Cardeal-Duque Tolomeo I, e a escolha pareceu óbvia desde o nascimento deste Príncipe em 1568, uma vez que era o filho mais velho de seu irmão mais novo, Marcos I Galli.
 
Tolomeo II elevou a Ordem à categoria das grandes Ordens Dinásticas da Península Itálica, como a Ordem de Santo Estefano Papa e Martir, a Ordem do Sangue do Santíssimo Salvador, ou Sacra Ordem Constantiniana de São Jorge, por exemplo.
 
Tolomeo II casou-se com a Condessa Giustina Borromeo, sua prima. Após o falecimento da primeira esposa, casou-se em segundas núpcias com a Princesa Partenia Bonelli.
Com o advento da I Guerra Mundial, e o fim da Monarquia dos Habsburgos, os Príncipes de Trivulzio-Galli del Val Mesolcina partem para o Brasil, onde fixam sua Residência e a nova Sede do Grão-Magistério da Ordem, mais tarde fixada junto à Catedral Diocesana de Santo Antonio de Pádua, da Diocese de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul.
A escolha do Brasil como nova Residência da Dinastia deu-se principalmente pelo empenho de Andreas Thaler, jovem Secretário de Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Francesco VIII Trivulzio-Galli, e que, seria depois Ministro da Agricultura da Áustria. Andreas Thaler, que era Cavaleiro Grande Oficial da Sacra Milícia, entrou em contato em 1915 com Carlo Bertoni, Cônsul da Áustria no Sul do Brasil, para que este procurasse propriedades rurais que pudessem ser adquiridas pela Casa Principesca, e que pudessem servir como Residência aos Príncipes de Val Mesolcina, caso a Monarquia na Áustria tivesse o mesmo destino que a Monarquia na Alemanha. Carlo Bertoni, que recebeu os graus de Grande Oficial da Sacra Milícia, além da Grã-Cruz da Ordem da Rosa de Ouro, ambas da Casa Principesca de Trivulzio-Galli, encontrou as propriedades no Rio Grande do Sul, que foram então adquiridas pelos Príncipes de Val Mesolcina, e depois lhe serviriam como Residência, após 1918.
Um dos efeitos principais de ser Cavaleiro da Ordem é a Nobreza pessoal, concedida a todos os Cavaleiros que não a tenham, e que venham a ser admitidos na Categoria de Graça Magistral.
Ordem de São Lázaro
Ordem de N. S. da I. C.
Cruz_da_Imaculada_Conceição.png
Ordem Religiosa-Militar da Milícia Cristã de Nossa Senhora da Imaculada Conceição
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A Ordem Religiosa-Militar de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, cuja denominação oficial é Ordem Dinástica e Militar da Milícia Cristã de Nossa Senhora da Imaculada Conceição abaixo da Proteção de São Miguel Arcanjo e São Basílio e sob a Regra de São Francisco, é uma Ordem de Cavalaria Dinástica, considerada de inspiração Religiosa-Militar, criada por Bula IMPERFECTABILIS DIVINORUM de Sua Santidade o Papa Urbano VIII, de 1625.

A criação da Ordem foi solicitada por Sua Alteza o Príncipe Ferdinando Gonzaga, VI Duque de Mantova e Duque de Monferrato, como Ordem de Cavalaria Dinástica de sua Casa. Contudo, a Ordem teve pouca atividade em seus primeiros anos, junto ao Ducado de Mantova. 

Com a morte sem herdeiros do Príncipe Carlo VIII de Gonzaga-Nevers, Duque de Mantova, em 1708, o Grão-Mestrado da Ordem foi solicitado pelo Príncipe Antonio VIII Trivulzio-Galli, 5º Príncipe de Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico, como herdeiro dos Direitos Dinásticos dos Gonzaga di Castel Goffredo. 
 
Antonio VIII reforma os Estatutos da Ordem, transformando a Ordem da Imaculada Conceição na segunda mais importante Ordem Religiosa-Militar do Principado de Mesolcina, logo após a Ordem Militar de Santa Maria; em um período em que a Ordem Militar de Santa Maria ainda não possuía a categoria de Graça Magistral (que concede Nobreza Pessoal a seus membros), apenas nela poderiam ser admitidos Cavaleiros provindos da Nobreza (nas Categorias de Honra e Devoção e de Graça e Devoção). Neste cenário, a Ordem da Imaculada Conceição passou a ser concedida àqueles súditos Católicos que, por não provirem de famílias da Nobreza, não poderiam ser admitidos à Ordem Militar de Santa Maria.
Cocolla di Cavaliere.PNG

Hábito dos Cavaleiros da Ordem da Imaculada Conceição.

A Ordem Militar de Nossa Senhora da Imaculada Conceição possui os graus de:
- Bailio-Cavaleiro da Grã-Cruz;
- Cavaleiro ou Dama da Grã-Cruz;
- Cavaleiro-Comendador ou Dama de Comenda;
- Cavaleiro ou Dama.
Ordem de São Jorge
Ordem de São Teorodo
Ordem Militar Draconiana de São Teodoro Mártir
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A Ordem Militar de São Teodoro foi Fundada em 1483 por Teodoro I Trivulzio, Marquês de Pizzighetone, no âmbito do Condado de Melzo e Gorgonzola. O seu Grão-Magistério cabe, dinasticamente, ao Chefe da Casa Principesca de Trivulzio-Galli. A Ordem de São Teodoro teve um papel importantíssimo no cenário social, religioso e militar do Principado Trivulziano quando o primeiro Grão-Mestre, Teodoro I Trivulzio, concluiu o acordo para a construção da Capela Nobre. O acordo foi feito com os Cônegos da Igreja de Santo Estevão de Milão. Havia a intenção de transformar a Capela na Sede Religiosa da Ordem.

     A Capela Magistral, ou seja, a Sede Religiosa da ordem terminou de ser construída no VIII grão-magistério da Ordem, no reinado de Teodoro VIII Trivulzio. Teodoro VIII casou-se com a Princesa Caterina Gonzaga que era filha de Alfonso I Gonzaga, Marquês de Castiglione. A Princesa teve um papel fundamental na educação do sucessor de seu esposo, o futuro Príncipe Soberano de Mesolcina, Teodoro IX, primeiro Príncipe de Val Mesolcina e do Sacro
Romano Império. Teodoro VIII, faleceu em 1605 no campo de batalha, no Cerco de Ruroot, Holanda. 
 
A Ordem Dinástica e Militar de São Teodoro Mártir, nos dias atuais, além das suas atividades para com os Militares, é um braço muito forte de atividades caritativas e de ajuda aos necessitados, estando sempre junto da Sacra Ordem, Dinástica, Equestre, Militar e Hospitalar da Milícia de Jesus Cristo e de Santa Maria Gloriosa, na busca em diminuir os efeitos da pobreza nos mais necessitados.
Cavaleiro antigo.PNG

Hábito dos Cavaleiro da Ordem Militar de São Teodoro (representação do século XVII)

Historicamente, durante a vigência da Monarquia no Principado de Mesolcina, e nos demais Feudos da Casa Principesca, a Ordem Militar de São Teodoro foi a Ordem utilizada para premiar os militares, sendo desde 1814 também concedida a não Católicos, principalmente aos oficiai britânicos e russos que auxiliaram nas Guerras Napoleônicas. Após o fim da Monarquia, os Príncipes de Mesolcina continuaram a conceder esta Ordem para aqueles que, não sendo Católicos, não poderiam serem aceitos na Sacra Milícia, ou ainda, não sendo Nobres, não poderiam pleitear ingresso na Ordem da Imaculada Conceição.
Atualmente a Ordem Militar de São Teodoro é tido como a "porta de entrada para a Sacra Milícia", uma vez que, antes de um Cavaleiro ou Dama poder ser Investido naquela Ordem, precisará antes ser Investido na de São Teodoro Mártir.
Diferente das Ordens Dinásticas vistas acima, a Ordem de São Teodoro é aberta também a Cristãos não Católicos, que queiram trabalhar em prol dos mais necessitados, nas fileiras das Ordens Dinásticas da Casa Principesca de Mesolcina.

Teodoro I Trivulzio, fundador da Ordem

Ordem da Rosa de Ouro
Ordem da Rosa.png
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Ordem da Rosa de Ouro de Mesolcina,
para a Ciência, Mérito, Cultura e Arte
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A Ordem da Rosa de Ouro de Mesolcina, para a Ciência, Mérito, Cultura e Arte é a mais jovem Ordem criada no sistema de honras da Sereníssima Casa Principesca de Mesolcina. 
 
Criada por Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Andre II Trivulzio-Galli em 30 de abril de 1835 com a finalidade de premiar os serviços dos homens dedicados ao cultivo da cultura e da arte, bem como os que por seus méritos, tornaram-se dignos de tal homenagem.
 
A Carta-Patente de criação da ilustre Ordem fora criada com apenas 5 artigos. Fora assinada no Principesco Palácio de Retegno, um dos baronatos imperiais, um dos títulos, de Sua Alteza Desde então, algumas alterações nas suas constituições foram feitas para aprimorar o âmbito de concessão dessa honraria tão significativa. 
 
Diz à lenda que estando o Príncipe Andre II Trivulzio-Galli, 8º Príncipe de Mesolcina e do Sacro Império Romano-Germânico em Viena, na Corte dos Imperadores da Áustria, viu em um baile no Palácio Imperial, um Nobre brasileiro portando uma bela condecoração, da recém criada Imperial Ordem da Rosa, uma Ordem Imperial brasileira, criada para homenagear o matrimônio entre o Imperador Dom Pedro I do Brasil (que também foi o Rei Dom Pedro IV de Portugal), com sua segunda esposa, Amélia de Beauharnais, Princesa de Leuchtenberg e Princesa de Eichstätt.
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Banda da Grã-Cruz da Ordem

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Sua Alteza Sereníssima o Príncipe Andre II Trivulzio-Galli, Fundador da Ordem da Rosa de Ouro.

Lenda a parte, poucos meses após o referido baile, o desenho fora aprovado e mandaram-se fazer as primeiras condecorações na França. Mal sabiam que o desenho de H. Schlesinger continha um erro metódico: enquanto seu esboço era de uma estrela de 8 pontas, na realidade a Ordem Imperial da Rosa do Brasil continha uma estrela de apenas 6 raios. Dizem que, quando o Príncipe Andre II de Val Mesolcina-Hinterrhein soube do erro grosseiro, teria dito que “a estrela de 8 pontos é uma homenagem à Virgem Maria e às estrelas da Sacra Ordem da Milícia”.
Será apenas em 1984 que a Ordem receberá seus atuais Estatutos, reformados pelo Príncipe Vergínio I Trivulzio-Galli, 12º Príncipe de Val Mesolcina, que a torna uma Ordem eficiente e atuante.
Atualmente a Ordem da Rosa de Ouro é uma Ordem Honorífica concedido pelo Príncipe de Mesolcina para as pessoas dignas de tal homenagem.
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Mesoana Ordem Militar de São Jorge para a Lealdade ao Príncipe
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A Mesoana Ordem Militar de São Jorge para a Lealdade ao Príncipe, também por vezes chamada de Ordem da Lealdade, foi instituída em 1481 por Gian Giacomo II, chamado de "O Grão-Príncipe de Mesolcina". Gian Giacomo II, O Grande Trivulzio, ainda em 1481, após criar no ano anterior a Ordem de São Miguel Arcanjo, percebe que esta, enquanto Ordem de Colar, criada a imagem das demais Ordens de Colar europeias, principalmente imitante a Ordem do Tosão de Ouro, a Ordem da Jarreteira, mas, sobretudo, a Ordre et aimable compagnie de monsieur Saint Michel francesa, estava a sua concessão restrita a um pequeno número de Cavaleiros, logo, esta Ordem não poderia ser utilizada para garantir a fidelidade da pequena nobreza de seus novos vassalos mesoanos. 

Cria assim, um ano após ter criado a Ordem de São Miguel, a Ordem da Lealdade, colocada abaixo do Patrocínio de São Jorge. Essa Ordem chamada de Ordem Mesoana e Militar de São Jorge pela Lealdade ao Príncipe, ou apenas Ordem Mesoana de São Jorge, diferente da Ordem de São Miguel, careceria de Estatutos formais pelos primeiros séculos de sua criação.


Como Ordem Dinástica, a nova Ordem era carregada do mais alto simbolismo, uma vez que o lema da Dinastia Trivulziana “NE TE SMAY”, que vinha do francês antigo NE TE S’ESMAIER” que pode ser traduzido como “NÃO TEMAS NADA”, era o início do lema atribuído a São Jorge por Gian Giacomo II Trivulzio: “NÃO TEMAS NADA, PORQUE EM NOME DE CRISTO, VOU AJUDAR-TE”.

A Ordem, depois passou a ser administrada em conjunto com a Ordem Draconiana de São Teodoro Mártir, e manteve-se como a mais alta condecoração concedida pelos Príncipes de Mesolcina, além das Ordens Religiosas-Militares, vistas acima. 
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Condecorações da Grã-Cruz da Ordem, com placa, banda e miniatura em frente e verso.

A Mesoana Ordem Militar de São Jorge para a Lealdade ao Príncipe é a Ordem Dinástica concedida de modo exclusivamente pessoal pelo Chefe da Sereníssima Casa Principesca de Mesolcina. Seus postos de Grã-Cruz e Grão-Colar podem conceder Nobreza Pessoal, e, tal qual a Real Ordem Vitoriana, no Reino Unido, é apenas concedida pela vontade expressa do Soberano.

Hoje, ao ver um Cavaleiro ou Dama das Ordens Dinásticas da Sereníssima Casa Principesca de Mesolcina com a condecoração da Ordem Moesana de São Jorge para a Lealdade ao Príncipe, é sinal inconfundível dos grandes méritos e merecimentos do agraciado, em favor de seu Príncipe.
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Ordem Religiosa-Militar e Hospitalar de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de São Lázaro de Jerusalém
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A Ordem Religiosa-Militar e Hospitalar de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de São Lázaro de Jerusalém, Boigny e Mesolcina foi criada em 1830, com a separação oficial entre a antiga Comendadoria Hereditária da Ordem de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de São Lázaro de Jerusalém no Principado de Mesolcina (esta mesma criada em 1672 pelo Rei Louis XIV, em favor de seus primos Capetianos, os Príncipes de Mesolcina).

Com a extinção da Real Ordem Religiosa-Militar e Hospitalar de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de São Lázaro de Jerusalém, Belém e Nazaré em 1824, Sua Alteza o Príncipe Don Andrea II Trivulzio-Galli declara em 1830 ser o Grão-Mestre da antiga Comendadoria Hereditária, agora transformada em Ordem Principesca independente da francesa. 

Mas, para compreendermos melhor a história da Ordem, devemos recuar alguns séculos no tempo:
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Rei-de-Armas da Ordem no Principado de Mesolcina

A primeira menção à Ordem Religiosa-Militar de São Lázaro de Jerusalém, se deu em 1227, quando o Papa Gregório IX concedeu indulgência aos que dessem esmolas aos Cavaleiros do Hospital de São Lázaro de Jerusalém. Mas a Ordem de São Lázaro adquire o caráter de uma verdadeira Ordem Militar em virtude da Bula Pontifícia Cum a nobis concedida por Alexandre IV em 11 de abril de 1254. 

O Papa Gregório XIII, em 13 de novembro de 1572, por sua Bula Procomissa nobis entregou a Ordem de São Lázaro ao Duque de Savoia, que solicitou ao Papa a união desta a antiga Ordem de São Maurício, criando-se assim a Ordem dos Santos Maurício e Lázaro. 

Esta união teve efeito em Cápua, com todas as Comendadorias do Reino de Nápoles, em Savoia e nos Estados Pontifícios, mas não na Espanha, pois Sua Majestade Católica o Rei Filipe II obteve do Papa uma exceção para a propriedade Lazarista em seus domínios, que mais tarde foram transferidos para a Ordem de São Tiago na Espanha, e para a Ordem de Cristo em Portugal; na Inglaterra a determinação Papal não teve efeito, pois os bens de todas as Ordens haviam sido confiscados por Henrique VIII durante a reforma anglicana. 

Na França, Rei se opôs a Bula Papal e as consequentes reivindicações do Duque de Savoia. Em 17 de maio de 1569, o Grão-Mestre Seure nomeou Vigário Geral na pessoa de François Salviati. Salviati teve de deter as aspirações do Príncipe Emanuel Filiberto, Duque de Savoia, que em 1573 lhe escreveu uma carta, informando que, por nomeação papal, era o Grão-Mestre de toda a Ordem.

Após longas discussões diplomáticas entre o Rei da França e o Duque de Savoia, o Rei Carlos IX da França esteve inclinado a aceitar que o Duque de Savoia tomasse posse dos bens da Ordem na França, todavia, Salviati demonstrou ao Rei a utilidade da Ordem manter-se independente no Reino. 
Assim, em 17 de setembro de 1604, Henri IV da França nomeou Filiberto de Nerestang Grão-Mestre da Ordem de São Lázaro. Para cumprir todas as formalidades, Henri IV enviou um Embaixador a Roma para obter do Papa a confirmação da nomeação de Nerestang e a renovação dos antigos privilégios da Ordem no Reino da França; no entanto, o Papa recusou-se veementemente, visto que, como tal, foi extinta para seus predecessores no Sólio Pontifício.
Porém o Papa não se recusava a aceitar a criação de uma nova Ordem: a Ordem Religiosa-Militar de Nossa Senhora do Carmo. Em 16 de fevereiro de 1607, o Papa promulgou uma Bula chamada Pontificex Maximus autorizando o estabelecimento de uma nova Ordem, que um ano depois ele completou com a Bula Militantium Ordinum Instituto, aprovando seus Estatutos e Regras. Em 14 de abril de 1608, Henri IV nomeou Nerestang como Grão-Mestre da nova Ordem, sendo este já Grão-Mestre de São Lázaro na França e logo depois emitiu uma Carta Patente, em 31 de outubro de 1608, em virtude da qual as duas Ordens foram unidas. 

A Ordem unificada passou a dar ao Hospital a dupla vantagem de ser a mais antiga das ordens militares da França, e ao Grão-Mestre Nerestang, uma arma diplomática de enorme importância: quando havia uma necessidade de exaltar as antigas glórias da Cavalaria, a Ordem de São Lázaro era invocada; quando era necessário um favor de Roma, era pronunciado em nome da Ordem de Nossa Senhora do Monte Carmelo, pois a ela o Papa nada negava.

Desta forma, passou a existir duas Ordens que reclamavam a herança da antiga Ordem de São Lázaro, a Ordem dos Santos Maurício e Lázaro, da Casa de Savóia, e a Ordem de Nossa senhora do Carmo e de São Lázaro, na França. Salientamos que, a Ordem de Nossa Senhora do Carmo e de São Lázaro do Principado de Mesolcina é herdeira da Ordem Francesa, em nada competindo com a Ordem Sabauda em seus direitos.

A Ordem existiu na França de modo pleno e independente de 1608 a 1824, quando, após a morte do Rei Louis XVIII, seu irmão, o Rei Carlos X, ordenou que a Cancelaria da Legião de Honra publicasse um documento oficial, pelo qual anunciava que não se realizavam no Reino da França nomeações para a Ordem de Nossa Senhora do Monte Carmelo e de São Lázaro de Jerusalém desde 1788, e, por desejo de Sua Majestade Cristianíssima, a Ordem deveria deixar de existir no Reino da França.

Como as nomeações mantiveram-se ininterruptas no Principado de Mesolcina, o Príncipe Soberano decidiu manter as investiduras de novos Cavaleiros e Damas, de modo a manter vivo o ramo mesoano da Ordem.

Mais tarde o Rei Carlos X renuncia ao posto de Protetor da Ordem em 1830 e nega-se a nomear um novo Grão-Mestre da Ordem para o Reino da França, de modo que o Príncipe Soberano de Mesolcina assuma o Grão-Magistério da Ordem em seu próprio Principado. Sua Alteza o Príncipe Don Andrea II Trivulzio-Galli, 14º Príncipe de Mesolcina e 8º Príncipe do Sacro Império Romano-Germânico aceita o convite dos Cavaleiros Lazaristas residentes em seus Domínios, e passa a ser seu Grão-Mestre, posto este que transforma em hereditário logo em seguida. 

Desta forma, desde 1830 os Príncipes de Mesolcina são os Grão-Mestres da Ordem Religiosa-Militar de N.S. do Monte Carmelo e de São Lázaro de Jerusalém, Boigny e Mesolcina, e mantém constantes nomeações para a Ordem.

No Brasil o antigo Presidente Getúlio Vargas e sua esposa foram agraciados com a Grã-Cruz da Ordem, entre outras várias outras personalidades militares e civis. 
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Reverso da Condecoração da Ordem, com sua tradicional fita amaranto (e não verde)

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